Vendas de carros na União Europeia em março registram maior queda em 16 meses | Empresas

Redação
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Os registros de automóveis novos na União Europeia (UE) caíram em março para seu menor nível em mais de um ano, impactados pelo feriado da Páscoa e em linha com uma tendência de abrandamento da demanda.

Os analistas esperem um ano de baixa para o setor automobilístico em meio às altas taxas de financiamento para os consumidores.

Essa tendência refletiu-se em menos registros na UE para os principais fabricantes de automóveis do bloco. As vendas do Grupo Volkswagen da Alemanha caíram 9% em março em comparação com o ano anterior, enquanto os registros da Stellantis caíram 13%, disse a associação. A montadora francesa Renault Group teve 2,1% menos vendas.

Os fabricantes de automóveis alemães de luxo Mercedes-Benz Group e BMW Group – que apostam em modelos de luxo mais rentáveis – registaram quedas de 1,7% e 6,7%, respectivamente.

Os registros caíram em cada uma das maiores economias da UE, liderada pela Alemanha, com uma diminuição de 6,2%, disse a associação.

Os registros de veículos totalmente elétricos caíram 11%, refletindo uma tendência global. Os veículos isentos de emissões também cederam alguma cota de mercado a outros tipos de automóveis, representando 13% do total de matrículas do bloco, em comparação com 14% em março anterior.

— Foto: Divulgação

Fabricantes de autopeças reportam receitas mais baixas

Os fabricantes de peças automotivas na UE relataram esta semana receitas de vendas mais baixas em meio a taxas de câmbio difíceis, e após a queda nas vendas de automóveis do bloco.

Continental, Forvia e Robert Bosch relataram receitas de vendas menores no primeiro trimestre em comparação com o ano anterior. Embora a Continental tenha citado volumes de vendas mais baixos na Europa, a Forvia e a Bosch afirmaram que as taxas de câmbio prejudicaram o modesto crescimento orgânico.

Ainda assim, o diretor financeiro da Bosch, Markus Forschner, disse nesta quinta-feira (18) que a produção de automóveis irá estagnar este ano, provocando cortes de custos na empresa.

“Nossas metas para 2024 são muito ambiciosas – não esperamos nenhum fator favorável econômico e devemos continuar a reduzir custos para permanecermos competitivos”, disse Forschner.

A fabricante alemã de peças automotivas Continental reiterou suas perspectivas para 2024, apesar dos números preliminares mais baixos do primeiro trimestre, tanto para receitas quanto para lucro ajustado antes de juros e impostos.

O trimestre foi muito mais fraco do que o esperado, disseram analistas da Stifel em relatório, acrescentando que a empresa deve provar aos investidores que pode atingir suas metas anuais.

O risco de não atingir essas metas agora é maior, disseram os analistas. “Há ações positivas em curso dentro do grupo, mas a visibilidade e o momento em que essas ações poderão criar valor ainda estão em debate”, disseram os analistas.

A empresa francesa Forvia teve um primeiro trimestre comparativamente bom, disseram analistas do UBS em relatório. No entanto, os negócios da empresa nos Estados Unidos geraram resultados positivos, enquanto uma queda de 4,7% na produção na Europa – que concentra quase metade das vendas do grupo – pesou em seus resultados financeiros, disse a Forvia.

Fonte: Externa

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