Usuários de streaming revelam como economizam com assinaturas

Redação
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Inflação, ajustes constantes em planos, a volta da socialização pré-pandemia, catálogo sem apelo e fim do compartilhamento de senha são alguns dos motivos que preocupam usuários de streaming. No entanto, uma tendência vem ganhado força neste segmento: assinar, assistir aos filmes e séries que interessam e cancelar o serviço.

Segundo dados da pesquisa Antenna citados pelo jornal The New York Times, esse comportamento já foi adotado por cerca de 29 milhões de americanos, equivalente a aproximadamente um quarto dos assinantes domésticos de serviços de streaming. Este número vem aumentando rapidamente, indicando uma mudança significativa no comportamento do consumidor.

Natasha Lyonne em “Poker Face”. Imagem: Peacock / Divulgação

Moradores nos arredores de Boston, nos Estados Unidos, Josh Meisel e sua esposa aderiram à tendência. Inicialmente, eles queriam assistir ao drama “Poker Face”, no Peacock. Por isso, fizeram um pacto de cancelar a assinatura após duas semanas caso perdessem o interesse. Eles acabaram cancelando o streaming e, logo depois, fizeram o mesmo com Max, Apple TV+ e Hulu.

Essa prática, chamada de “churn serial” pela Antenna, designa uma pessoa que cancelou três ou mais serviços nos últimos dois anos. Em 2023, esse segmento representou cerca de 40% de todas as novas assinaturas e cancelamentos.

As empresas de mídia, lutando para se adaptar à era do streaming, enfrentam desafios significativos, como a redução de investimentos em novos programas e o aumento dos preços das assinaturas. No Brasil, por exemplo, vimos aumento na Max, Prime Video e um rumor de ajuste nos preços da Netflix.

Executivos de empresas como Paramount, Warner Bros. Discovery, NBCUniversal e Disney estão considerando estratégias para reduzir essa volatilidade, incluindo a reintrodução de elementos do pacote de cabo tradicional, vendendo serviços de streaming em conjunto.

Disney+
Imagem: Emre Akkoyun/Shutterstock

A Disney já encontrou sucesso com um pacote que inclui Disney+, Hulu e ESPN+. Outras iniciativas incluem a promoção de novas funcionalidades e conteúdos exclusivos em seus aplicativos para manter os assinantes interessados.

Apesar de os assinantes “nômades” serem geralmente mais jovens e com renda um pouco inferior, Jonathan Carson, CEO da Antenna, afirma que essa é uma atividade que envolve americanos de todos os tipos.

“Em três anos, isso passou de um comportamento de nicho para uma parte absolutamente dominante do mercado”, disse Carson.

A sensibilidade ao preço também é um fator importante. Uma pesquisa recente da Deloitte revelou que os americanos com assinaturas de streaming estão gastando em média US$ 61 por mês para quatro serviços, um aumento em relação aos US$ 48 do ano anterior. Quase metade dos entrevistados indicou que cancelaria seu serviço de streaming favorito se o preço mensal aumentasse mais US$ 5.



Fonte: Externa

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