Rússia prende 11 suspeitos de ataque perto de Moscou; número de mortos sobe para 133

Redação
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Forças de segurança da Rússia anunciaram neste sábado (23) a prisão de 11 suspeitos de participarem do atentado terrorista em uma casa de shows em Krasnogorsk, na região metropolitana de Moscou. O número de mortos subiu para 133, segundo autoridades do país.

O Estado Islâmico, grupo terrorista que atua entre o Iraque e a Síria e já chegou a controlar grandes partes dos dois países, reivindicou a autoria dos ataque. É o ataque mais mortal na Rússia desde o cerco a uma escola em Beslan, em 2004, quando militantes islâmicos fizeram mais de mil pessoas reféns, inclusive centenas de crianças.

Ao menos cinco atiradores camuflados abriram fogo com metralhadoras e jogaram ao menos uma granada e uma bomba no Crocus City Hall, pouco antes da apresentação do grupo de rock “Picnic”, da época da União Soviética. A casa de shows no subúrbio oeste de Moscou tem capacidade para 6,2 mil espectadores, segundo a Reuters.

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Vídeos verificados mostram pessoas tomando seus assentos para o show, e então começam a correr em direção à saída quando os sons de tiros ecoaram junto com gritos de desespero. Outro vídeo mostra homens atirando em um grupo de pessoas. Algumas vítimas ficaram deitadas e sem movimento em poças de sangue.

“De repente, ouvimos barulhos atrás de nós. Tiros. Uma rajada de tiros. Eu não sabia o que era”, disse à Reuters uma testemunha, que pediu para não ser identificada. “Um tumulto começou e todo mundo correu para a escada rolante. Todo mundo estava gritando, todo mundo estava correndo.”

Estado Islâmico

O Estado Islâmico afirmou que seus combatentes atacaram os subúrbios de Moscou, “matando e ferindo centenas e causando grande destruição do local, antes de voltarem a suas bases em segurança”. A declaração foi feita antes de as autoridades russas anunciarem a prisão dos suspeitos.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, mudou o curso da guerra civil na Síria em 2015, ao intervir no conflito e apoiar o presidente do país, Bashar al-Assad, contra a oposição e o Estado Islâmico. O grupo terrorista já reivindicou ataques mortais na Europa, no Oriente Médio, no Irã, no Afeganistão, no Paquistão, nas Filipinas e no Sri Lanka.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, afirmou se tratar de um “ataque terrorista sangrento” que o mundo inteiro deve condenar.

Os Estados Unidos, países europeus e árabes e muitas antigas repúblicas soviéticas manifestaram condenaram o ataque e enviaram as suas condolências. O conselheiro presidencial da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, negou qualquer envolvimento do país no ataque.

(Com Reuters)

Fonte: Externa

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