Uma máquina de produzir cigarros de mais de 6 metros de comprimento, quase 2 metros de altura e mais de 5 toneladas de peso desapareceu de dentro de um depósito na Cidade da Polícia, endereço que concentra grande parte das delegacias especializadas da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
O equipamento, avaliado em cerca de R$ 550 mil, foi apreendido durante uma ação da Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro em julho de 2022, que descobriu uma fábrica clandestina de cigarros que mantinha 23 paraguaios e um brasileiro trabalhando em situação análoga à escravidão, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A ação contou com a parceria da Polícia Federal e do Ministério Público do Trabalho.
A máquina ficava guardada num galpão de bens apreendidos da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, nos fundos do complexo. Não havia monitoramento por câmeras em funcionamento no local.
O equipamento, junto com outros bens, chegou a ser leiloado a pedido do Ministério Público do Trabalho, para que o dinheiro fosse revertido para pagamento dos trabalhadores mantidos como escravos. No entanto, segundo o MPT, “percebeu-se que havia desaparecido quando os arrematantes compareceram na Cidade da Polícia para buscá-lo”.
De acordo com a Polícia Civil, assim que a atual gestão da corporação teve ciência da ocorrência, foi determinado que a Corregedoria-Geral da instituição instaurasse inquérito para identificar e responsabilizar os envolvidos, bem como esclarecer as circunstâncias do fato. A investigação está em andamento. E a instituição prometeu retomar o monitoramento por câmeras em toda a Cidade da Polícia, inclusive nos depósitos de apreensões.
Em nota, a corporação reforçou que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e atividade ilícita.