O diretor de políticas e diretrizes da educação integral básica da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação (MEC), Alexsandro do Nascimento Santos, disse que a pasta estuda ampliar o programa “Pé-de-Meia” para mais 1 milhão de estudantes. Hoje, o programa criado pelo governo federal neste ano atende a 2,5 milhões de estudantes e tem um custo anual de R$ 7,1 bilhões, segundo dados do MEC.
“Há de se avaliar o resultado que a gente consegue gerar nesse primeiro ano e estar atento ao orçamento discricionário em que há um limite para as políticas sociais”, acrescenta Alexsandro. Há ainda o desejo do MEC em ampliar o programa para os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), mas isso depende tanto do estudo, quanto dos resultados do programa neste primeiro ano.
Professor do Insper e da Universidade de São Paulo (USP), Naercio Menezes Filho afirmou que o programa é uma iniciativa importante do governo para tentar combater a evasão escolar e fazer com que os jovens se mantenham na escola para terminar o ensino médio. Menezes Filho disse que a conclusão do ensino médio pode ajudar o jovem a ter uma renda de 12% a 15% maior e que hoje há uma preocupação grande no país com os jovens que não estudam nem trabalham.
O professor, no entanto, ponderou que é preciso melhorar a qualidade do ensino para que os jovens não só continuem nas escolas, mas que também tenham um bom nível de aprendizado. “[O Pé-de-Meia] É um programa importante, o custo é elevado e precisa ter benefício para compensar o custo. Mas o efeito não vai ser tão grande se não melhorar a qualidade do ensino médio pelos Estados brasileiros.”
Menezes Filho reforçou que, antes de expandir o Pé-de-Meia, é preciso fazer uma avaliação do impacto do programa. Ele ainda afirmou que o fechamento das escolas por dois anos durante a pandemia de covid não teve um impacto direto nos resultados brasileiros no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) porque as notas já eram muito baixas.
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