Mano explica momento difícil no Corinthians e revela episódio com Félix Torres

Redação
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Demitido após um mau início no Corinthians em 2024, o técnico Mano Menezes abriu o jogo sobre a reta final de sua terceira passagem pelo clube paulista. Em entrevista à ESPN, o treinador revelou as dificuldades de comandar a equipe em meio a uma reformulação na diretoria e no elenco alvinegro.

Mano Menezes chegou ao Corinthians na reta final da gestão Duilio Monteiro Alves e assinou contrato até o final de 2025. Ele criticou a nova diretoria do clube por abrir mão do projeto logo após o respaldo dado ao treinador no início da temporada.

“Se nesse dia eles me dissessem ‘Mano, a gente gostaria de outro treinador’, certamente nós olharíamos um para a cara do outro. ‘Não tem problema nenhum, dou o direito de escolherem outra pessoa. Fazemos um acordo aqui, eu vou para minha casa e vocês tocam a vida de vocês’. Mas não foi isso que eles me disseram. Eles me disseram que eu era o técnico pela experiência que tinha, pelo conhecimento de Corinthians, que seria importante para eles, que estavam chegando agora, para trocar uma ideia de reformulação, algo que eu já tinha feito isso duas vezes no Corinthians. Então eu era o cara que eles acreditavam que ia tocar o projeto”, disse.

Foi talvez um dos momentos mais difíceis que passei no futebol. A troca interna foi muito significativa. A reformulação no grupo também foi significativa. Nós tivemos a saída de jogadores, e que aqui não quero me eximir delas e transferir para a direção. Você perde jogadores com laços, histórias, com referência, então o primeiro mês foi muito difícil. Para que as coisas piorassem, não conseguimos vencer. Porque se você vence, mesmo com dificuldade, vai passando por esse processo com mais tranquilidade para resolver os problemas”, lamentou o treinador.

Mano Menezes comandou o Corinthians nas cinco primeiras rodadas do Campeonato Paulista, com uma vitória e quatro derrotas. O treinador atrelou a falta de desempenho com a ausência de reposições no elenco após saídas significativas no grupo.

Dos reforços para 2024, Mano só teve Hugo, Palacios, Raniele, Félix Torres e Pedro Raul à disposição.

“Nós estreamos o Torres sem ter feito um treinamento com ele no time principal, porque a defesa principal estava sendo jogada com o Veríssimo. A gente não tinha nenhum jogador da base que foi campeão sub-20, porque o torneio estava em andamento. Não tinha três jogadores da seleção que estavam no Pré-Olímpico. Então não tinha um banco completo para o primeiro jogo. Se olhar lá, tem três goleiros no banco para a gente completar o número mínimo de 23, para não passar tanta vergonha. Tínhamos três jogadores do sub-17, que realmente ninguém conhecia, nem nós. Eles vieram porque não tínhamos jogador para treinar. Então o primeiro mês trouxe essa dificuldade”, finalizou o ex-técnico do Corinthians.

Este conteúdo foi criado originalmente em Itatiaia.

Fonte: Externa

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