Justiça determina que Enel reduza suspensões de energia e atenda consumidores em até 30 minutos | Empresas

Redação
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A Justiça de São Paulo manteve decisão liminar que determinou que a concessionária de energia elétrica Enel atenda os consumidores com rapidez e reduza suspensões de energia em São Paulo. A empresa afirmou que vai recorrer.

A decisão fixa prazo máximo de 30 minutos para o atendimento presencial aos consumidores, de 1 minuto para contato direto do cliente com atendimento humano via canais da Enel e também de 1 minuto para respostas via aplicativos de mensagens, como o WhatsApp.

De acordo com a decisão, a Enel terá de atender os consumidores de forma adequada mesmo nos dias críticos, informando cada um dos clientes individualmente sobre a previsão de restabelecimento do fornecimento de energia.

Todas as exigências devem ser atendidas a partir deste mês de abril. Em caso de descumprimento, a Enel, que atende 24 cidades no Estado de São Paulo, pode ser multada em até R$ 500 milhões.

A liminar foi concedida em ação ajuizada pela Promotoria de Justiça do Consumidor de São Paulo e pela Defensoria Pública, e o acórdão da 22ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que negou o recurso da empresa foi publicado nesta quinta-feira (11).

A decisão também determina que a Enel reduza suspensões de energia.

“Com isso, fica mantida à empresa a determinação de não exceder, em todos os conjuntos elétricos, considerados de forma isolada, os parâmetros estabelecidos pelo regulador nacional relativos aos eventos de suspensão do fornecimento de eletricidade e tempo de interrupção”, afirma o Ministério Público.

A Enel afirma que vai recorrer da decisão, pois entende que ela invade a competência privativa da União e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de legislar e regular a prestação do serviço de distribuição de energia elétrica.

A decisão acontece após episódios de apagões em São Paulo. Diversas cidades ficaram com o fornecimento de energia interrompido por vários dias depois que fortes chuvas atingiram o estado em 3 de novembro de 2023. A Aneel rejeitou um recurso da Enel e manteve uma multa de R$ 165 milhões por falhas da concessionária em restabelecer a energia.

No dia 4 de abril, comerciantes e moradores do centro de São Paulo, nas proximidades do Mercado Municipal, ficaram sem energia por mais de 24 horas. A Enel afirmou que cabos da rede subterrânea foram furtados após falha em um equipamento.

A falta de energia aconteceu após a região central enfrentar dias de desabastecimento, com perda de mercadorias, sumiço dos clientes, e moradores que não conseguiam trabalhar de casa. As regiões de 25 de Março, Bela Vista, Consolação, Higienópolis, Campos Elíseos, entre outras, foram as mais afetadas em março.

O icônico edifício Copan, na região central, também sofreu com falta de energia por dias seguidos. Além disso, diversos pacientes perderam consultas e procedimentos porque a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo também foi impactada pela falta de energia.

Estabelecimento comercial do centro de São Paulo sem luz, por causa de apagão na rede elétrica da Enel — Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Fonte: Externa

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