Mark Zuckerberg, CEO da Meta, conseguiu na última segunda-feira (15) uma vitória judicial, com a rejeição de algumas acusações de uma série de ações judiciais que alegam que o Facebook e o Instagram são prejudiciais às crianças. As informações são da Reuters.
A decisão, tomada pela juíza distrital dos EUA, Yvonne Gonzalez Rogers, em Oakland, Califórnia, ocorreu no amplo litígio movido por crianças, com diversas ações judiciais acusando a Meta e outras empresas de mídia social de viciá-las em suas plataformas.
Vinte e cinco desses casos procuraram responsabilizar pessoalmente Zuckerberg, dizendo que o bilionário fundador da Meta criou uma falsa impressão sobre a segurança das plataformas, apesar dos repetidos avisos de que são plataformas impróprias para crianças.
Os demandantes argumentaram a posição de Zuckerberg como figura pública e seu papel crucial como a pessoa mais confiável para falar sobre tudo relacionado à Meta, criaram um dever, sob as leis de vários estados, para o bilionário falar de forma plena e verdadeira sobre os riscos que seus produtos representam para as crianças.
Juíza não aceita acusações contra Zuckerberg
- A juíza, no entanto, disse que os demandantes não podiam confiar no conhecimento comparativo de Zuckerberg sobre os produtos da Meta para estabelecer que ele teria pessoalmente o dever de alertar a cada um sobre os riscos.
- Tal decisão, disse a juíza, criaria um dever de divulgação para qualquer indivíduo reconhecível pelo público.
- “O tribunal não aceitará uma abordagem tão nova aqui”, disse a juíza Rogers.
A Meta, ainda réu no caso, não quis comentar. A empresa nega as irregularidades da qual é acusada. Ainda existem várias outras ações judiciais pendentes em nome de crianças, contra a Meta e outras empresas de mídia social, incluindo a Alphabet, que opera o Google e o YouTube; a ByteDance, que opera o TikTok; e o Snap, que opera o Snapchat.
Os processos afirmam que as crianças sofreram danos físicos, mentais e emocionais devido ao uso das redes sociais, incluindo ansiedade, depressão e até suicídio.
O litígio busca indenização e a suspensão das práticas que os réus consideram prejudiciais. Vários estados e distritos escolares também entraram com ações judiciais contra a Meta, que permanecem pendentes.