As vendas de celulose ao exterior avançaram 19% nos primeiros seis meses do ano, ante o mesmo período de 2023, totalizando US$ 4,95 bilhões. O desempenho foi puxado por crescimento tanto de volume quanto de preços, que sofreram reajustes praticamente mensais no período, alcançando os níveis nominais historicamente mais elevados.
No primeiro semestre, foram produzidas 12,7 milhões de toneladas da matéria-prima, alta de 5,9% na comparação anual. Dessas, 9,5 milhões toneladas foram enviadas ao exterior, resultado 4% superior ao observado no mesmo período do ano passado.
A China segue liderando como principal destino das exportações de celulose produzida no Brasil, chegando a US$ 2 bilhões no primeiro semestre. A Europa vem logo atrás, com US$ 1,3 bilhões.
Em papel, a produção chegou a 5,7 milhões de toneladas, alta de 6,5%, com destaque para o papel para embalagem, cuja produção avançou 10,3%, totalizando 3,2 milhões de toneladas.
As exportações cresceram 5,2% em comparação ao mesmo período no ano passado, totalizando US$ 1,27 bilhão. A América Latina segue como principal comprador do Brasil, com US$ 689,6 milhões no intervalo.
As vendas internas, por sua vez, recuaram 0,7% entre janeiro e junho, para 1,28 milhão de toneladas. O destaque negativo foi o segmento de imprimir e escrever, com queda de 5,5% no período.
No segmento de painéis de madeira, as vendas externas somaram 784 milhões de metros cúbicos, alta de 57%. As vendas internas também avançaram 13%, totalizando 3,8 milhão de metros cúbicos.
“Notamos crescimento nos principais mercados, caso da China, Europa e América do Norte”, afirma Paulo Hartung, presidente-executivo da Ibá, em nota.
Com esses resultados, a balança comercial do setor florestal brasileiro fechou o primeiro semestre com saldo positivo de US$ 7 bilhões, alta de 14,7% sobre o resultado do mesmo período do ano passado.
Ao todo, as exportações de produtos florestais tiveram um incremento de 13,8%, enquanto as importações cresceram 3%.