SÃO PAULO (Reuters) – O dólar reverteu perdas iniciais e passou a subir nesta segunda-feira, sendo negociado acima da marca psicológica de R$ 5, com investidores elevando a cautela antes das decisões de política monetária desta semana do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil.
Às 11h15 (de Brasília), o dólar à vista subia 0,2%, a R$ 5,0084 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,24%, a R$ 5,015 na venda.
Mais cedo, o dólar havia mostrado queda frente ao real, reflexo de dados de atividade domésticos e da China mais fortes do que o esperado, mas logo reverteu as perdas com a ansiedade antes das decisões de política monetária.
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Na quarta-feira, se encerrará o encontro de política monetária do Federal Reserve, que deve manter os juros, de acordo com previsões de mercado. Investidores ficarão atentos a pistas das autoridades do Fed sobre seus próximos passos, num momento em que muitos operadores têm adiado apostas sobre quando o banco central fará um primeiro corte na taxa.
O Banco Central também terminará seu encontro de política monetária na quarta-feira, com ampla expectativa de novo corte de 0,50 ponto percentual da Selic, a 10,75%, mas com dúvidas sobre se a autarquia manterá a orientação de manutenção desse ritmo de afrouxamento nas “próximas reuniões”, mostrou pesquisa da Reuters com economistas.
Mais cedo, dados do Banco Central mostraram que a atividade econômica iniciou 2024 com crescimento bem acima do esperado em janeiro, reforçando a visão de que a economia passa por um momento favorável mesmo que tenha desacelerado em relação ao final do ano passado.
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O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou avanço de 0,60% no primeiro mês do ano, de acordo com dado dessazonalizado. O resultado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,26% e marcou o quinto mês seguido no azul.
“O IBC-Br de janeiro traz uma atividade resiliente justamente por conta do setor de serviços, cuja inflação tem sido apontada pelo Banco Central como principal empecilho para uma aceleração no ritmo de cortes da Selic ou para um ciclo mais longo. Assim, não seria exagero dizer que o dado de hoje aumenta ainda mais as expectativas em torno do comunicado”, disse Helena Veronese, economista-chefe da B. Side Investimentos.
Na última sessão, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,22%, a R$ 4,9986 na venda.