Rivaldo Barbosa, preso neste domingo (24) por suspeita de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, era o chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Familiares da vereadora acreditavam ter uma relação de confiança com ele. A prisão pegou a todos de surpresa.
Rivaldo Barbosa foi indicado para assumir a Polícia Civil pelo general Walter Braga Netto, que, na época, comandava uma intervenção federal no Rio de Janeiro. Isso ocorreu em fevereiro de 2018, durante o governo de Michel Temer.
Ele foi anunciado para o cargo em 22 de fevereiro e assumiu no dia 13 de março de 2018, véspera do crime.
Rivaldo é apontado nas investigações como um “garantidor”. Ele teria dado certeza aos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão – acusados de serem os mandantes da morte de Marielle – de que o crime não seria elucidado.
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Mesmo antes do crime, segundo a Polícia Federal, Rivaldo já tinha uma “relação indevida” com os dois.
Neste domingo, Erica Andrade, mulher de Rivaldo, também foi alvo da operação da PF. Ela sofreu busca e apreensão e teve bens bloqueados. Os investigadores apuram se ela lavava dinheiro para o marido.
Em sua carreira na segurança pública, Rivaldo foi subsecretário da Subsecretaria de Inteligência da Segurança, na gestão do ex-governador Sérgio Cabral. Em seguida, Rivaldo ocupou os cargos de titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e diretor da Divisão de Homicídios. Ou seja: ele foi responsável por delegacias que elucidam assassinatos no estado.
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Atualmente, ele comandava Coordenadoria de Comunicações e Operações Policiais, que cuida da operação com rádios da corporação.