O bitcoin (BTC) despenca nesta terça-feira (2) após dados industriais dos Estados Unidos impulsionarem o dollar index à sua máxima desde a metade de novembro. Também no radar, após quatro pregões consecutivos de saldo líquido positivo nos fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista das bolsas americanas, este tipo de produto voltou a registrar mais saques do que depósitos. Ontem, o fluxo de capital nos ETFs ficou negativo em US$ 85,7 milhões, puxado pelas retiradas de US$ 302,6 milhões no GBTC, o trust transformado em ETF pela Grayscale.
Perto das 9h53 (horário de Brasília) o bitcoin tem queda de 6,4% em 24 horas, cotado a US$ 65.309 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, apresenta perdas de 7,2% a US$ 3.299, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 2,6 trilhões. Em reais, o bitcoin tem desvalorização de 6,28% a R$ 331.538, enquanto o ether recua 7,03% a R$ 16.768, de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), a solana (SOL) desaba 9% a US$ 178,86, o BNB (token da Binance Smart Chain) cai 5,9% a US$ 553,40 e a avalanche (AVAX) recua 10,8% a US$ 47,06.
Segundo Beto Fernandes, analista da Foxbit, é natural que o bitcoin entre em correção após março ser o sétimo mês consecutivo de alta para a criptomoeda. “Os fundamentos do próprio bitcoin mostram que a pressão vendedora é dominante no começo desta semana”, afirma. Fernandes destaca que os mineradores voltaram a intensificar suas vendas antes do halving, que ocorre entre os dias 20 e 21 deste mês. “O comportamento, inclusive, é típico deste momento, já que os mineradores estão organizando a casa antes de terem suas recompensas reduzidas”, acrescenta.
Por outro lado, André Franco, head de análise do MB, ressalta que o blockchain Base, da corretora de criptomoedas dos EUA Coinbase, cresceu à sua máxima histórica em 30 de março, alcançando mais de 2,3 milhões de transações, de acordo com um painel de análise da Dune.