O Banco Central elevou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024 de crescimento de 1,7% para 1,9%, de acordo com informações divulgadas há pouco no Relatório de Inflação (RI) trimestral de março.
“Qualitativamente, a previsão assemelha-se à apresentada no relatório anterior”, diz o documento.
Pela ótica da produção, o aumento na projeção resulta de perspectivas de crescimento mais elevadas na indústria (de 1,7% para 2,2% e no setor de serviços (de 1,9% para 2%).
Por outro lado, a projeção passou a incorporar queda da produção agropecuária (-1,0%, ante projeção de alta de 1,0%).
Pelo lado da demanda, houve manutenção da previsão para o crescimento do consumo das famílias, em 2,3%, e elevação das estimativas para o consumo do governo, de 1,1% para 1,9%, e para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), medida para os investimentos no PIB, de 1,0% para 1,5%.
Para a manutenção da previsão de crescimento do consumo das famílias concorrem fatores com efeitos opostos, segundo o BC.
“De um lado, a surpreendente queda do consumo das famílias ocorrida no quarto trimestre de 2023 resultou em carregamento estatístico para 2024 mais baixo do que o esperado; de outro, destaca-se a recente dinâmica positiva do mercado de trabalho”, afirma.
As exportações e importações em 2024 devem variar 0,5% e 3,0%, ante projeções respectivas de 1,5% e 2,5% apresentadas anteriormente.
Tendo em vista as novas estimativas, o BC estima que as contribuições da demanda interna e do setor externo par o PIB em 2024 serão de 2,3% e -0,4%, respectivamente.