A Argentina viverá um dia movimentado nesta quinta-feira (9), com uma greve geral marcada e o início das discussões no Senado sobre a Lei de Bases e Pacote Fiscal, já aprovados pela Câmara. A greve liderada pela central sindical CGT é a segunda de larga escala vivida pelo governo do presidente Javier Milei, que tomou posse em novembro do ano passado.
A paralisação acontece no dia em que o Senado começa a discutir a Lei de Bases e do Pacote Fiscal, principais projetos do governo para alterar as bases da economia argentina, visto como essencial para a continuidade do governo Milei.
O projeto já foi aprovado na Câmara e agora segue para o Senado, onde será discutido antes de ser apreciado. O governo quer que o projeto vá à votação como veio da Câmara, mas admite que pode promover alterações no texto para garantir a aprovação, disse ontem o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, em coletiva de imprensa.
A greve de hoje acontece em um momento de piora nas condições da economia argentina, como a desvalorização de 54% do peso em dezembro e grandes cortes nos gastos públicos.
Os sindicalistas justificaram a greve como forma de se manifestar contra os cortes dos gastos públicos para alcançar um superávit fiscal e de se opor à Lei de Bases. Os grupos que se opõem às propostas de Milei querem pressionar o Senado a recusar os projetos de lei em tramitação no Congresso.