O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, em nota, que o PL repudiava a tentativa de vincular a tentativa de ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF) ao seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e à direita brasileira. Segundo ele, essas “narrativas falsas” têm o “propósito malicioso” de atrapalhar o andamento do projeto de lei que tramita no Congresso para dar anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
No texto, Eduardo diz que o autor do atentado da noite de quarta-feira na Praça dos Três Poderes, Francisco Wanderley Luiz, cometeu suicídio e “não uma tentativa de ataque aos Poderes Constituídos”. A versão, no entanto, não é endossada pela Polícia Federal (PF) e por ministros do STF, que tratam o caso como atentado terrorista e de ataque ao Estado Democrático de Direito.
O deputado também argumentou que em 2020, quando Luiz concorreu ao cargo de vereador em Rio do Sul (SC), o ex-presidente “sequer estava filiado ao PL”.
Ele também voltou a repetir que o homem, em mensagens publicadas em suas redes sociais, “expressou claramente sua rejeição” tanto a Bolsonaro quanto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), demonstrando um “profundo descontentamento com a polarização política no país”. As informações colhidas até agora, no entanto, mostram que ele era um apoiador do ex-presidente. No trailer que alugou, foi encontrado um boné com slogan “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, usado por Bolsonaro na campanha à Presidência de 2018.
“A tentativa de instrumentalização de uma tragédia desta magnitude pela esquerda para fins políticos revela uma preocupante falência moral, evidenciando a falta de compaixão daqueles que, mesmo diante de um indivíduo com claros distúrbios mentais que tragicamente tirou a própria vida, optam por explorar o incidente para alcançar seus objetivos políticos e tentar justificar perseguições e abusos contra a oposição”, escreveu
Para o deputado, “a sociedade brasileira merece um debate verdadeiro, justo e baseado na realidade dos fatos”. “Manipular eventos trágicos para tentar minar um projeto de reconciliação nacional é um ato de desonestidade que o Partido Liberal condena veementemente. Em um momento em que o Brasil precisa de união, a verdade deve sempre prevalecer sobre interesses políticos mesquinhos e divisivos.”