MEC estuda ampliar programa Pé-de-Meia para mais 1 milhão de estudantes | Rumos 2024

Redação
Redação

O diretor de políticas e diretrizes da educação integral básica da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação (MEC), Alexsandro do Nascimento Santos, disse que a pasta estuda ampliar o programa “Pé-de-Meia” para mais 1 milhão de estudantes. Hoje, o programa criado pelo governo federal neste ano atende a 2,5 milhões de estudantes e tem um custo anual de R$ 7,1 bilhões, segundo dados do MEC.

Maria Cristina Fernandes, Alexsandro Nascimento dos Santos, Naercio Menezes Filho, Alcielle Santos e Letícia Bartholo (da esq. para dir.) — Foto: Rogerio Vieira/Valor

“Há de se avaliar o resultado que a gente consegue gerar nesse primeiro ano e estar atento ao orçamento discricionário em que há um limite para as políticas sociais”, acrescenta Alexsandro. Há ainda o desejo do MEC em ampliar o programa para os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), mas isso depende tanto do estudo, quanto dos resultados do programa neste primeiro ano.

Professor do Insper e da Universidade de São Paulo (USP), Naercio Menezes Filho afirmou que o programa é uma iniciativa importante do governo para tentar combater a evasão escolar e fazer com que os jovens se mantenham na escola para terminar o ensino médio. Menezes Filho disse que a conclusão do ensino médio pode ajudar o jovem a ter uma renda de 12% a 15% maior e que hoje há uma preocupação grande no país com os jovens que não estudam nem trabalham.

O professor, no entanto, ponderou que é preciso melhorar a qualidade do ensino para que os jovens não só continuem nas escolas, mas que também tenham um bom nível de aprendizado. “[O Pé-de-Meia] É um programa importante, o custo é elevado e precisa ter benefício para compensar o custo. Mas o efeito não vai ser tão grande se não melhorar a qualidade do ensino médio pelos Estados brasileiros.”

Menezes Filho reforçou que, antes de expandir o Pé-de-Meia, é preciso fazer uma avaliação do impacto do programa. Ele ainda afirmou que o fechamento das escolas por dois anos durante a pandemia de covid não teve um impacto direto nos resultados brasileiros no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) porque as notas já eram muito baixas.

O evento Rumos 2024, exclusivo para convidados, tem patrocínio master da Suzano e apoio do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Rumos 2024:

  • Dividendos de estatais são importantes para esforço fiscal, diz Durigan
  • Meta para 2025 não está definida, mas há vários esforços para recomposição fiscal, diz Durigan
  • Buscar redução de despesas é importante para a equipe econômica, diz Durigan
  • Durigan: País precisa de agendas fiscal e ecológica para crescer com desenvolvimento social
  • Cenário é de crescimento robusto e inflação controlada, diz secretário da Fazenda
  • Durigan: Lei Complementar para padronizar ISS e ICMS deve ser apresentada na próxima semana
  • Desafios ambientais incluem desmate no Cerrado e matriz limpa com soluções baratas
  • Fazenda diz ter convergência em 93% dos assuntos da reforma tributária para regulamentação
  • Governo está propondo medidas para reduzir spread bancário e estimular o crédito, diz Marcos Pinto
  • Cashback é instrumento eficaz e focalizado para fazer política social, diz Loria
  • Reformas ajudam produtividade, mas PIB potencial maior ainda carece de dados
  • Insegurança afasta investidores e Brasil precisa de projeto nacional, dizem especialistas
  • Loria defende cuidado para manter alíquota de referência no patamar de 27%
  • Crescimento de longo prazo depende de crescimento da produtividade, diz Sergio Firpo
  • Não existe responsabilidade social sem responsabilidade fiscal, diz ex-secretária de Goiás
  • Reforma tributária vai ajudar a aumentar PIB potencial, diz ex-secretária do Tesouro

Fonte: Externa

Compartilhe esse artigo