Os estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
tomaram a decisão de entrar em greve. O centro acadêmico da instituição declarou nesta segunda-feira (11) que a paralisação seguirá até que as demandas sejam atendidas e seu fim seja votado em nova Assembleia.
A decisão, tomada na última quinta-feira (7) foi motivada após comunicado da instituição anunciando a retirada do Porão — principal espaço estudantil, que abriga, além do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz (CAOC), o atual restaurante da Faculdade de Medicina. Desde 1933 o Centro Acadêmico fica localizado neste espaço, que fica no subsolo do prédio da faculdade.
Reivindicações
Alunos criticam a criação de um programa que viabiliza o acesso de estudantes externos ao complexo hospitalar da instituição para estágios mediante pagamento de mensalidade.
Além disso, os alunos demandam a reformulação do processo seletivo para residência médica, propondo a inclusão de provas práticas para avaliar as habilidades dos candidatos. Atualmente, os exames para os programas de residência médica consistem exclusivamente de questões de múltipla escolha.
O Portal iG
entrou em contato com a assessoria de imprensa da faculdade e foi informado que as atividades seguem normalizadas até o momento. Até a publicação desta reportagem, nenhuma nota oficial da direção foi divulgada.
Histórico
De setembro a outubro de 2023
a USP passou por paralisação estudantil que se estendeu pela maioria dos institutos e cursos. A greve contou com apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (SINTUSP) e da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp).