5 big techs que fecharam as portas

Redação
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No dinâmico cenário tecnológico, empresas surgem e desaparecem com uma frequência impressionante. Algumas delas deixam marcas indeléveis na história da tecnologia, enquanto outras, por mais influentes que tenham sido em seu auge, acabam fechando as portas. Vamos explorar cinco big techs que em seu tempo, dominaram o mercado, movimentaram bilhões e deixaram um legado, mas eventualmente tiveram seus capítulos finais escritos.

Antes de mais nada, é importante dar um certo contexto. Uma Big Tech é uma empresa de tecnologia de grande porte e influência significativa no mercado global. Geralmente, essas empresas têm um impacto significativo na indústria de tecnologia, oferecendo uma variedade de produtos e serviços inovadores que podem abranger desde hardware e software até serviços online e plataformas digitais.

Exemplos de Big Techs atuais incluem empresas como Google, Apple, Amazon, Facebook (Meta) e Microsoft, entre outras, que têm uma presença proeminente em várias áreas da tecnologia e muitas vezes dominam setores inteiros do mercado digital.

Apesar dos exemplos citados, existiram outras big techs realmente colossais, que com o tempo deixaram de existir, seja por má gestão, por não acompanharem o mercado ou uma junção de vários problemas. Confira.

AOL – Uma das primeiras big techs a oferecer serviços de internet

Imagem: Aol/Reprodução

AOL, anteriormente conhecida como America Online, foi uma das primeiras grandes empresas a oferecer serviços de internet para o público em geral e é lembrada como uma verdadeira big tech. Fundada em 1985, a AOL cresceu rapidamente durante os anos 90, tornando-se sinônimo de acesso à internet para muitos lares americanos. Seu serviço de discagem, com a famosa frase “Você recebeu correio!”, era uma presença constante na vida de milhões de pessoas.

A big tech chegou a seu auge em 2001, quando anunciou a fusão com a Time Warner em uma transação de US $ 164 bilhões, marcando um dos maiores negócios da história corporativa. No entanto, a fusão acabou sendo desastrosa, com a AOL sofrendo com a queda na demanda por serviços de discagem e a ascensão da banda larga.

Em 2009, a AOL foi dividida da Time Warner e começou a focar em conteúdo digital e publicidade. Embora ainda exista como uma empresa de mídia digital, seu papel no cenário tecnológico atual é muito menos proeminente do que foi em seu auge.

BlackBerry – Da inovação para se tornar obsoleto

blackberry foi uma das primeiras big techs dos smartphones
Imagem: Paul McKinnon/Shutterstock

O BlackBerry, uma vez conhecido como o “Rei dos Smartphones”, reinou supremo nos primeiros dias da revolução móvel. Lançado pela empresa canadense Research In Motion (RIM) em 1999, o BlackBerry rapidamente se tornou o dispositivo preferido para profissionais e executivos, graças ao seu teclado físico e ao serviço de e-mail seguro.

Durante seus anos de glória no início dos anos 2000, a BlackBerry dominou o mercado de smartphones e alcançou uma capitalização de mercado de dezenas de bilhões de dólares. No entanto, a big tech falhou em se adaptar rapidamente ao surgimento do iPhone da Apple e dos dispositivos Android, que ofereciam uma experiência de usuário mais rica e uma variedade maior de aplicativos.

Os esforços tardios da BlackBerry para lançar dispositivos touchscreen e adotar um novo sistema operacional foram em vão, e a empresa viu sua participação de mercado diminuir rapidamente. Em 2016, a BlackBerry anunciou que não fabricaria mais seus próprios smartphones, optando por licenciar sua marca para fabricantes terceirizados, até que em 2022, anunciou oficialmente o seu fim.

Atari – A provável primeira big tech dos games

A atari provavelmente foi a primeira big tech dos games
Imagem: photo_gonzo/Shutterstock

Nos primórdios da indústria de videogames, a Atari reinava suprema e pode ser dita como a primeira big tech dos games. Fundada em 1972 por Nolan Bushnell e Ted Dabney, a empresa foi pioneira na criação de jogos arcade e consoles domésticos que ajudaram a definir uma geração de jogadores.

O Atari 2600, lançado em 1977, foi um dos primeiros consoles de jogos domésticos bem-sucedidos e ajudou a popularizar jogos como “Pac-Man” e “Space Invaders”. No entanto, uma série de más decisões comerciais, incluindo o lançamento do infame jogo “E.T. the Extra-Terrestrial”, levou a uma queda nas vendas e, eventualmente, ao colapso do mercado de jogos de vídeo em 1983.

A Atari nunca se recuperou completamente do crash do mercado de videogames e, apesar de várias tentativas de reviver a marca ao longo dos anos, incluindo o lançamento de novos consoles e jogos, a empresa nunca mais alcançou o mesmo sucesso que teve em seu auge. Atualmente, a Atari existe principalmente como uma empresa de propriedade intelectual, licenciando sua marca e seus jogos clássicos para outras empresas.

Netscape – Dos primórdios da internet

Imagem: Poynter/Reprodução

Nos primórdios da internet comercial, a Netscape foi uma das empresas mais importantes e influentes do setor. Fundada em 1994 por Marc Andreessen e Jim Clark, a Netscape lançou o navegador Netscape Navigator, que rapidamente se tornou o navegador mais popular do mundo.

O Netscape Navigator foi uma big tech pioneira em recursos como suporte a gráficos e a capacidade de exibir páginas da web formatadas, ajudando a popularizar a internet entre o público em geral. A empresa teve um IPO altamente bem-sucedido em 1995, que avaliou a empresa em mais de US $ 2 bilhões em seu primeiro dia de negociação, e rapidamente se tornou um dos pilares da bolha da internet.

No entanto, a ascensão do Internet Explorer da Microsoft e a decisão da Netscape de tornar o código-fonte do navegador aberto levaram a uma queda rápida em sua participação de mercado. Em 1998, a Netscape foi adquirida pela AOL em uma transação de US $ 4,2 bilhões, e o navegador Netscape Navigator foi descontinuado em 2008.

Blockbuster – A derrota para o streaming

Antes do surgimento dos serviços de streaming, alugar vídeos era uma parte fundamental da experiência de entretenimento em casa. E ninguém dominou o mercado de aluguel de vídeos como a Blockbuster. Fundada em 1985 por David Cook, a Blockbuster cresceu rapidamente e se tornou o maior varejista de aluguel de vídeos do mundo, com milhares de lojas em todo o mundo.

No auge de seu sucesso no final dos anos 90 e início dos anos 2000, a Blockbuster era uma potência no mundo do entretenimento doméstico, movimentando bilhões em receitas a cada ano. No entanto, a ascensão da Netflix e de outros serviços de streaming acabou sendo sua ruína.

A big tech subestimou inicialmente a ameaça representada pelo streaming, optando por não investir no desenvolvimento de uma plataforma online. Quando finalmente tentou entrar no mercado de streaming, já era tarde demais. Em 2010, a Blockbuster entrou com pedido de falência e começou a fechar suas lojas em todo o mundo.

Essas empresas desempenharam papéis significativos na história da tecnologia e da cultura pop. Elas foram pioneiras em seus respectivos campos, moldaram indústrias inteiras e deixaram um legado duradouro, mesmo após seu desaparecimento.

No entanto, sua história também serve como um lembrete dos perigos da complacência e da incapacidade de se adaptar a mudanças no mercado. Por mais dominantes que tenham sido em seu auge, essas empresas eventualmente sucumbiram à inovação e à evolução tecnológica. É uma lição importante para todas as empresas, independentemente de quão grandes ou poderosas possam ser: no mundo da tecnologia, a única constante é a mudança.



Fonte: Externa

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